Diante da situação abaixo exposta, o CAMMA está coletando as opiniões dos alunos a fim de entender qual é a graduação que se deseja. É muito importante que você, aluno, opine para que este processo, que é urgente, seja feito da melhor forma possível. Esse levantamento de dados, portanto, é uma iniciativa do Centro Acadêmico de incluir o aluno na discussão; conforme for possível, iremos levar esses dados para o conselho que tem discutido tal reforma. Acesse o formulário em: http://bit.ly/2tCeni8
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Tal adequação transformaria a licenciatura e o bacharelado em dois cursos diferentes – afinal, os objetivos são diferentes para cada tipo de graduação: um é voltado para o ensino, outro para pesquisa. Sabemos que a estrutura atual, para além de defasada, não promove adequadamente a formação docente: muitos alunos entram com a prioridade de ser professores e se frustram ao se deparar com um currículo essencialmente voltado para pesquisa. Para que tal mudança seja possível, entretanto, é necessário que haja um acordo entre o Instituto de História e a Faculdade de Educação favorável à manutenção das disciplinas de fato necessárias para a formação docente, caso contrário tal reestruturação tornaria nosso currículo demasiadamente extenso. Defendemos que tal diálogo entre o IH e a FE seja realizado o quanto antes, em conjunto com a comissão responsável pela reforma curricular, mas principalmente em conjunto com o corpo estudantil através do seu Centro Acadêmico - afinal são os graduandos que vivem na prática o curso que está para ser reformado, são esses que estão sofrendo as consequências do atraso de tal reforma e são esses que serão atingidos com a alteração do currículo.
É fato que o curso está fora das determinações há anos - o projeto de mudança passou a ser debatido há muito mais que quatro anos atrás, tendo ficado mais de um ano engavetado no Conselho - , sendo que o debate só veio à tona novamente pelo fato de que a Cidade do Rio de Janeiro passou a negar o contrato de licenciandos de História da UFRJ justamente pela formação indevida que a universidade tem promovido. Tudo isso demonstra o caráter urgente de reformular o curso conforme todas as diretrizes existentes. No entanto, acreditamos que tal urgência não justifica que o processo seja levado de forma arbitrária, sem diálogo com o corpo estudantil, aprovando medidas incabíveis que acarretarão em péssimas consequências para a qualidade do ensino e a estrutura do curso de História. É possível sim que seja levado em conta a urgência do processo, mas também visando que deve-se aprovar um currículo digno que leve em conta a estrutura da universidade, a qualidade do ensino, a demanda dos estudantes que virão e, principalmente, a situação dos estudantes que já estão cursando o modelo atual de currículo. Não defendemos que o trabalho feito até aqui seja jogado fora e iniciado do zero, mas sim que se aprove um currículo que atenda tanto às exigências da lei quanto à realidade concreta do corpo estudantil. E isso só será possível com um diálogo profundo e honesto entre todas as instâncias que devem ser envolvidas: a comissão responsável, o Instituto de História, a Faculdade de Educação e os discentes.
Rio de Janeiro, 21 de Junho de 2017
Centro Acadêmico Manoel Maurício de Albuquerque CAMMA-UFRJ
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